Aprendizagem adaptativa é um método educacional que utiliza computadores como estratégia para promover interações de ensino e mediar a aprendizagem de acordo com as necessidades específicas de cada aluno. O conteúdo didático é exibido e adaptado conforme as necessidades de aprendizagem do aluno, baseando-se nas respostas dos exercícios, tarefas e experiências apresentadas. A tecnologia engloba aspectos derivados de vários campos de estudo, incluindo Ciência da Computação, Educação, Psicologia e Ciência do cérebro.
Aprendizagem adaptativa foi parcialmente impulsionada por uma percepção de que a aprendizagem sob medida não pode ser alcançada em grande escala usando abordagens tradicionais, não-adaptativas. Sistemas de aprendizagem adaptativa esforçam-se para transformar o aluno de receptor passivo de informação a colaborador no processo educativo. Aplicação primária de sistemas de aprendizagem adaptativa é abordada na educação, mas outra aplicação comum diz respeito aos treinos (bootcamp) de negócios/empresas. Eles foram concebidos como aplicações de computadores desktop, aplicações web, e agora estão sendo introduzidas nos currículos globais.
Aprendizagem adaptativa foi implementado em vários tipos de sistemas educativos, tais como a hipermédia adaptativa educacional, sistemas tutores inteligentes, testes de adaptação computadorizada, e [agentes pedagógicos] baseados em computador, entre outros.
Deste modo, tentanto fugir das críticas dirigidas aos processos de avaliação em larga escala, à demora na devolução dos resultados das avaliações e sua pouca adaptabilidade ao desenvolvimento da aprendizagem das crianças, os produtores de avaliação estão a retomar a antiga estratégia dos “sistemas de instrução personalizados”. O diferencial de hoje é o desenvolvimento tanto dos recursos tecnológicos usados na mediação do conhecimento com o aluno, como numa série de ciências que dão suporte ao entendimento dos processos de aprendizagem.
Os anos de 1960 até 1980 foram, então, pródigos nesta discussão, mas o desenvolvimento do computador pessoal, só se firmou a partir dos anos 80, quando este debate já perdia força. Um dos impulsionadores desta temática foi B. F. Skinner que pretendia desenvolver uma “tecnologia do comportamento” que desse base para o desenho de sistemas personalizados de instrução – SPI. A área recebeu atenção da incipiente informatização da época e foi tratada sob o título de Computer Assisted Instruction – CAI. Com a contribuição de T. Gilbert, estes desenvolvimentos foram mais direcionados para a área empresarial do que a educacional, nos anos seguintes.
A questão deve, agora, retornar com força. Os produtores de avaliação, por exemplo, já vislumbram, com apoio da atual tecnologia da área da informática e das comunicações, a retoma das “tecnologias de ensino adaptativas” veiculadas “online”. Ecos disso, são as insistentes iniciativas de ampliação da “banda larga” para acesso à internet na área da educação, associadas à transformação das avaliações com lápis e papel (estáticas) em avaliações “online” associadas a processos de aprendizagem ou não (chamadas dinâmicas ou adaptativas). Elas pretendem que o desenvolvimento do aluno seja guiado pelas avaliações, e se dê orientado pelo desenvolvimento progressivo da sua própria “competência” – daí alguns a chamarem de “competence-based-instruction”. O Estado de Nova York, por exemplo, pretende gastar 40 milhões de dólares no sentido de instrumentalizar a sua rede.
Deste modo, o processo de avaliação fica “embarcado” no próprio processo de aprendizagem e o aluno vai sendo posicionado imediatamente em relação às suas estratégias futuras de aprendizagem, enquanto é permanentemente avaliado. Como resposta às críticas atuais sobre formas de avaliação estáticas, as formas dinâmicas vão trazer de volta um conjunto diverso de críticas para serem debatidas como por exemplo: a redução da interação do professor no processo de aprendizagem da criança, a ilusão da substituição do professor como forma de obviar as dificuldades de formação e recrutamento, o isolamento da criança na aprendizagem, o estreitamento curricular, distúrbios de atenção e outras.
Um estudo recente, baseado em três iniciativas financiadas pela Fundação Bill Gates destinada a implementar aprendizagem personalizada, identifica 5 principais balizas para garantir o sucesso deste tipo de avaliação.
- perfis de aluno com metas individualizadas, usando dados de várias fontes a que os alunos e professores têm acesso;
- roteiros de aprendizagem personalizados, em que os alunos têm poder de escolha, obtêm apoio individualizado e se envolvem com aprendizagens dentro e fora da escola;
- progressão baseada em competências;
- utilização flexível do tempo, espaço e tecnologia;
- desenvolvimento de prontidão de habilidades académicas e não académicas para a faculdade.
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